My name é bom, mas previsÃvel. Por favor, não confunda previsÃvel com ruim porque não é isso, eu realmente amei essa trama, mas não da para negar que ela não tentou sair do esperado.
Essa é basicamente uma história de vingança de ambos os lados.
Confesso que, apesar de todos os sinais, esperava que não fosse o Choi Mujin que tivesse matado o pai da Yoon Ji Woo exatamente porque estaria obvio de mais. Digo isso por uma cena em questão, já nos primeiros episódios, quando a Ji Woo vai atrás dele pedindo ajuda para se vingar. Ela diz, então, que, quando se encontrasse com assassino frente a frente, daria uma facada nele e Mujin simplesmente fica em sua frente, estende uma faca e diz para esfaqueá-lo. Um spoiler que apesar de ter passado despercebido por alguns, não passou para muitos.
Ainda, digo com sinceridade que a amizade entre Choi e a JiWoo, bem como com o pai dela, era sim verdadeira. Deixe-me explicar: Mujin conheceu Dong hoon no crime e acabaram criando uma boa relação, tanto que Dong o salvou - momentos antes de tirarem a famosa foto - algo que não necessariamente precisaria ter feito. Até porque, caso Mujin morresse e ninguém assumisse o comando do tráfico, muito provavelmente sua missão teria acabado e poderia voltar para casa, para sua filha.
Mas isso não acontece e Mujin acaba descobrindo que Dong era, na verdade, um infiltrado da polÃcia, e não vê outra opção a não ser mata-lo. Veja bem, mais cedo ou mais tarde Dong iria denuncia-lo, pois era para isso que estava ali. Deveria então o chefe de uma organização criminosa ficar esperando para ver até onde iria? Obvio que não! Ou ele matava quem dizia ser seu amigo ou seria ele que acabaria preso. Um dos dois, aqui não existe meio termo.
Mujin, como um verdadeiro lÃder do tráfico, precisava fazer o que fosse preciso para que seus negócios continuassem, e assim o fez. Sendo assim, sobre o porta retrato que ainda permanece em sua mesa, vejo dois possÃveis motivos: 1) Ele manteve em nome da amizade que tiveram, pois, apesar de tudo, o amigo ainda havia o salvado (um pouco forçado, eu sei). 2) Ele manteve como uma lembrança para não confiar em ninguém, afinal, haviam se infiltrado em seu território e por pouco não foi pego. Cá entre nós, acho essa ultima opção a mais plausÃvel, pois, ainda que eu acredite na amizade deles (no crime), assim como existe uma linha muito tênue entre o amor e o ódio, também existe entre a amizade e a inimizade. Mujin certamente se sentiu traÃdo por alguém em quem realmente confiava, e se tem algo que uma pessoa quer quando se sente traÃda é vingança.
Dessa forma, acredito que o Mujin foi perspicaz e encontrou na vingança da Jiwoo a sua própria vingança. Jogando com a mesma moeda, ele colocou infiltrada na polÃcia a filha de um policial que antes estava infiltrado no crime. Consegue ver o quanto isso é grande? É o famoso feitiço contra o feiticeiro. No entanto, com a convivência eles acabaram criando um laço de amizade, caso contrário, se ela apenas fosse um peão em seu jogo, não teria porque tê-la salvado no ferro velho, arriscando, além de sua própria vida, ser pego pela polÃcia. Sendo assim, apesar de ter achado incrÃvel o Mujin jogar com a mesma moeda, o fato de ser ele quem matou o pai da Jiwoo acabou deixando a história fraca e extremamente previsÃvel. No fundo, eu ainda estava esperando um plot twist bombástico que mudasse completamente o rumo da trama.
No entanto, é preciso dizer que nada disso seria necessário se o pai dela tivesse contado que na verdade ele era um policial que estava em uma missão. Será que seria tão arriscado assim ela saber? Além disso, a polÃcia não prestou nenhum auxilio e nem foi ao enterro. Sim, eu sei que o chefe do departamento foi na casa dela após o ocorrido e foi como acabou gerando toda a confusão, mas fora isso eles não fizeram nada para ajuda-la e nem tentaram contar a história toda agora que a missão havia fracassado. No final, ele morreu como um mafioso e não com as honras de um policial, além de que ela passou grande parte da vida sem saber quem realmente era seu pai.
Outra coisa que não fez muito sentido é que, quando ela estava infiltrada na polÃcia, os colegas do departamento falaram que, um tempo atrás, um policial havia morrido em missão. Mas, no quadro de pistas na delegacia havia uma foto do pai dela, como participante do crime. Então como que os policiais que trabalhavam nessa investigação não sabiam a história completa? Como não sabiam que esse era na verdade o policial infiltrado? Volto a repetir: ele morreu como mafioso porque a própria polÃcia, mesmo após a morte, não o reconheceu como policial e não deu as devidas honras que ele merecia.
Ademais, acredito que não preciso dizer o quanto a cena dela queimando a tatuagem foi forte e angustiante. Todos sentimos isso. Na cena, dá para sentir o nojo que ela sentiu por ter sido cruelmente enganada.
Achei a Ji Woo extremamente forte e corajosa, o Mujin é sim inteligente e, apesar de todos concordamos que a morte do Phil foi completamente desnecessária, esse foi o estopim para que a Ji Woo cumprisse com seu plano inicial de acabar com o assassino de seu pai. Ou você não lembra que, já no final, depois de encontros e reencontros e de uma noite um tanto quanto calorosa ele a estava incentivando a não continuar com a vingança? Com a morte do Phil, o Mujin apertou o gatilho contra si mesmo.
Por fim, sabe o Do Gang jae? o psicopata. Confesso que meu lado bandida gostou da volta dele (não do começo e do que ele tenta fazer com a nossa protagonista, só para deixar claro). Gostei que foi criado uma espécie de vilão que retornou do passado. Mas eu ainda acredito que poderiam ter aproveitado mais toda a audácia que ele possuÃa. De qualquer forma, eu amei a atuação do Chang Ryul - o ator.
Ps: o que foi aquela arma fabricada no brasil?
Pss: e o nosso querido monge de Vincenzo que deu uma passada por aqui? ahaha
