Dorama Terapia


Vou confessar que estava muito animada para assistir esse dorama por dois motivos. Primeiro que eu amo limpar e fazer faxina e o segundo motivo tem cerca de 1,92 metros de altura, se é que você me entende hahaha 

Brincadeiras à parte, conheci o Yoon Kyun Sang em Doctor Crush e já havia ficado encantada com o seu trabalho. Inclusive, lembro de ficar chateada pelo papel dele não ter ganhado tanto destaque quanto merecia. Sendo assim, nem preciso dizer o quanto fiquei imensamente feliz pela oportunidade de contemplar ele como protagonista e, como esperado, também não me decepcionou como Jang Seon-gyeol.

Falando no nosso querido CEO, acredito que sua fobia foi muito bem retratada, a ponto de sabermos como determinadas situações eram incômodas, sem que isso precisasse ser demonstrado. Achei válido, também, ele não perceber que estava gostando da Gil O-sol, pois, como poderia saber o que é o amor uma pessoa que nunca se sentiu amada? E, de certa forma, foi por isso que suas paranoias (vê-la em todos os lugares) começaram a aumentar, já que nem ele entendia o que estava acontecendo. Ora, dizem que algumas mulheres conquistam o homem pela comida, já, no caso da O-sol, pode-se dizer que ela conquistou-o invadindo a sua mente.

Inclusive, fiquei me perguntando o porque, de em meio a tanta gente, ele conseguir tocar apenas nela e, consequentemente, apenas ela conseguir ajuda-lo. Cheguei, então, a conclusão de ser porque ela nunca havia o julgado como louco, pelo contrário, ela entendeu que ele deveria possuir motivos para agir de tal maneira e isso fez toda a diferença. Talvez, os momentos em que estavam juntos foram um dos únicos em que ele se sentiu um pouco mais normal, esquecendo-se da forma com que os outros passaram a vida toda o taxando como esquisito. Acredito também que o fato deles terem se conhecido da pior forma possível acabou ajudando, pois, desde então, nada poderia ser pior. Veja bem, neste momento eles eram completamente opostos: enquanto ele, com sua germofobia, estava todo limpo e arrumado, ela, por sua vez, estava substituindo o pai em seu trabalho recolhendo o lixo da rua; Enquanto ele possuía o cabelo mais alinhado possível, ela estava toda descabelada, encharcada de suor e, ainda, com uma cabeça de cavalo; O carro que ele tanto presava e limpava agora estava coberto de lixo. Se lembra do choque comportamental que o psiquiatra gostaria que ele tivesse? Pois bem, ele teve com ela nessa cena. Sendo assim, como ele já havia a visto da pior forma possível, todas as outras se tornaram toleráveis. 

Aliás, vi algumas pessoas falando sobre a Gil O-sol ser desleixada, mas eu entendo ela, de verdade. Acontece que quando você está em busca de um grande objetivo acaba negligenciando algumas coisas por esse bem maior. As coisas simples passam a não ter tanta importância e, em vez de tomar um banho antes de ir trabalhar, você prefere dormir mais uns minutos, ainda mais que sempre fica acordada até tarde. Se arrumar para sair deixa de ser tão importante, haja vista que você não encontrará ninguém especial pelo caminho. Arrumar o quarto não se torna preciso quando ninguém além de você entra nele. No entanto, as vezes o tempo de espera se torna maior do que o esperado e, o que era para ser apenas alguns meses de abdicação, tornam-se anos. O que era para ser uma renúncia momentânea das coisas simples acaba virando rotina e, em meio a essa busca incessante por vencer, você acaba perdendo a sua própria essência. Foi isso que aconteceu com a O-sol e também foi o que aconteceu comigo, e é por isso que eu entendo ela. Não é que ela não gostasse de se cuidar, pois se arrumou para o aniversario do menino que gostava nos primeiros episódios, acontece que você almeja tanto conquistar algo, e precisa se doar tanto para que isso ocorra, que acaba deixando algumas pequenas coisas de lado. Coisas essas que em uma primeira análise são sim insignificantes perto do que quer, mas também são essas pequenas coisas que a longo prazo fazem toda a diferença na vida de uma pessoa, tanto fisicamente quanto mentalmente. 

Ainda sobre a Gil O-sol, amei como ela em hipótese alguma demonstrou vergonha pelo trabalho do pai e, também, preciso dizer que partiu meu coração ver ele procurando um emprego, sabendo que precisava sustentar a casa, e não conseguindo encontrar nada. Dói ainda mais pensar que isso não é algo restrito apenas a ficção. Ademais, achei extremamente pesado o que ela precisou passar para ir morar com o Seon-gyeol, até porque, mesmo depois, não foi revelado que ela não tinha culpa alguma e que, na verdade, haviam feito de propósito para incrimina-la. Afinal, será que ela precisava mesmo ir morar com ele? Porque além dela ter que mentir novamente para o pai, eles haviam tido um ótimo desempenho no dia em que ela foi apenas a secretária dele. 

Além disso, confesso que me decepcionei com a secretária Know. Isso porque no começo eu admirava o fato dela não ligar para as manias do CEO, achava, inclusive, que ela era uma das poucas pessoas que o compreendia. Como eu estava enganada. Pois, se ela realmente o compreendesse nunca teria ficado ao lado do avô e, ainda mais, maquinado contra a O-sol, ainda que fosse por um motivo maior. Inclusive, achei extremamente fraca a justificativa dela ter aceito ser a secretária dele, a pedido do avô, apenas por ter um filho com TOC. 

Outra pessoa que também me decepcionou, ainda que em menor proporção, foi o Daniel. Sim, o psiquiatra. Veja bem, eu gostava bastante dele no início, mas, ao começar a tratar o Seon-gyeol, começou a passar dos limites. Devemos sim dar um leve desconto ao fato de que ele não sabia, no começo, quem era o seu paciente. No entanto, ao descobrir, ele deveria ter separado a razão da emoção, demonstrando profissionalismo, e não ter praticamente começado a competir com o paciente por uma garota. E, caso não conseguisse separar as emoções, deveria simplesmente passa-lo a outro médico, mas confesso que fiquei feliz por ele não ter feito isso, pois, ao decorrer da trama, certamente acabaram se tornando amigos. Talvez esse tenha sido o mais perto de uma amizade que o Seon-gyeol já chegou a ter.

Além disso, a O-sol foi mais delicada, atenciosa e compreensiva com o CEO no aeroporto, fazendo da sombrinha um abrigo para o proteger das pessoas, do que o Daniel ao invadir a sua casa, deixando-o irritado e desconfortável. Ainda que essa possa ser uma técnica usada na psiquiatria, achei ela muito invasiva e dolorosa para o paciente, principalmente da forma como foi feita, despejando em cima dele tudo de uma vez só, de forma abrupta, praticamente o enlouquecendo.

Preciso dizer também que não acho que o Daniel realmente gostava da O-sol. Ele se importava com ela, isso não podemos negar, mas acredito que possuía mais um sentimento de culpa pelo que havia ocorrido no passado do que um amor genuíno, de maneira que passou a acreditar que deveria protege-la. Mas todo esse sentimento, no fundo, era uma tentativa de amenizar a própria angustia atrelada a culpa que vinha o corroendo desde o acidente. Além disso, de acordo com alguns episódios deu a entender que ele foi o responsável pelo acidente que matou a mãe da O-sol. No entanto, não foi esclarecido como isso ocorreu. Ou será que perdi alguma parte? 

Com isso, preciso dizer que entendo perfeitamente a reação que a O-sol teve, se afastando do Seon-gyeol, ao descobrir que ele era herdeiro do grupo AG. Veja bem, não é que a mãe dela tenha sido despedida sem justa causa. Não. A questão é que mãe dela morreu por negligência de uma empresa que só queria saber dos lucros e não se importava com os funcionários. Além disso, mesmo após cinco anos, a empresa não havia se responsabilizado, pedido desculpas ou se quer dado condolências as famílias das vitimas. É como se para eles, essas pessoas não tivessem importância. Também não é como se o Seon-gyeol tenha tido culpa no ocorrido, mas a revelação dele ser o herdeiro trouxe de volta todo o luto a tona, de uma hora para a outra, sem que eles ao menos pudessem se preparar. Sendo assim, eu entendo a dor e a revolta deles, principalmente a do pai e a do irmão, isso porque a O-sol amava o Seon-gyeol, mas eles não, na verdade nem o conheciam direito. Para eles, ele era apenas um herdeiro, farinha do mesmo saco. Aqui a O-sol foi leal a sua família, escolhendo renunciar seu amor, e eu admiro isso.

Mas o tempo sara, se não todas, quase todas as feridas e aqui não foi diferente. Ainda que nos 45 do segundo tempo, o Seon-gyeol e a O-sol se reconectaram e eu não poderia ter ficado mais feliz. Ainda, preciso dizer que uma coisa que admirei na relação deles, desde o começo, é que em nenhum momento eles pareceram se importar com a diferença social que possuíam.

Outra coisa que gostei bastante foi da amizade criada entre os integrantes do Fadas da Limpeza e como todos foram maravilhosos uns com os outros. Além disso, me surpreendi com a amizade formada entre a O-sol e o amigo do irmão dela, com ele inclusive a defendendo e a ajudando a esconder onde trabalhava. Preciso também dizer que amei os uniformes rosa da empresa hahahha

Gostaria apenas que algumas coisas ficassem mais esclarecidas. Por exemplo, gostaria de ter visto o encontro entre o O-dol e a amiga da O-sol, que inclusive shipei desde o começo. Gostaria também que o Daniel tivesse se despedido deles de verdade. Mas gostei de como o Jae Min realmente virou ator e de que a O-sol enfim conseguiu um emprego em um escritório. Além disso, porque a mãe dela tinha a medalha no local de trabalho? Seria como um amuleto, uma forma de lembrar da filha? Lembro da O-sol dizer "porque você voltou buscar [a medalha]?" então isso teve relação com o acidente?

Gostaria também que o Seon-gyeol tivesse criado uma filial da empresa especialmente para a limpeza de carros, como um drive-thru e que deixasse o pai da O-sol como supervisor. Veja bem, se passaram dois anos e o pai dela ainda trabalhava lavando os carros e, ainda que ele amasse, a idade está avançando e depois de se doar tanto pela família, já esta na hora dele começar a pegar mais leve no trabalho.

Ademais, preciso dizer que esse foi um dos doramas que mais me fizeram rir, pelo menos no começo, e o fato das partes cômicas não me fazerem sentir vergonha alheia é um ponto positivo pois não gosto nenhum pouco desse sentimento que, para mim, acaba com toda a graça da cena.



Infelizmente, descobri que o ator In-ha Cha, que interpretou o Jae Min, faleceu em 2019. Que Deus conforte seus familiares. 



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QUEM SOU EU

Sou dorameira e estudante nas horas vagas, prazer. Escolhi esse nome para o blog, pois, realmente, os doramas são uma terapia para mim. Espero que goste e sinta-se em casa.

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