안녕하세요.
Lie To Me faz uma crÃtica, mesmo que por entre linhas, sobre
o fato da mulher ser vista como completa somente após o casamento. De maneira
que, não importa o quanto ela seja realmente boa e reconhecida em seu trabalho,
a sociedade só a verá como realizada após estar oficialmente unida a um homem.
Algo que certamente não é tão diferente da nossa realidade.
Primeiramente quero dizer que gostei da trama, pois, além de ser um dos meus clichês
favoritos, o relacionamento dos personagens não foi como uma montanha russa
cheia de adrenalina. Apesar de terem seus altos e baixos, como todo casal, não
ficou emocionalmente desgastante para quem estava assistindo. Algo que
particularmente valorizo muito, pois, como diz o nome desse blog, uso os
Doramas como forma de terapia e não para me estressar ainda mais.
Primeiramente gostaria de dizer que achei bem realista a
forma como o boato do casamento deles se espalhou, bem como o fato de ambos
terem relutado, mesmo que um pouco, antes de enfim criarem o contrato. Sendo
assim, gostei de como foi aos poucos sendo criado um amor entre os
protagonistas, sem ser de forma abrupta. Digo isso porque antes mesmo de darem
seu primeiro beijo como casal, um já demostrava carinho e preocupação pelo
outro, mesmo que tentassem esconder tais sentimentos. Ao final, foram esses
pequenos gestos que fizeram toda a diferença.
Para mim, uma das melhores cenas entre os dois foi a da Coca-Cola na cozinha. Hyun Ki-joon agitando a garrafa; um jogando e correndo atras do outro; as risadas soltas e divertidas e, claro, o beijo para completar a cena com chave de ouro. Ainda, fiquei imensamente feliz por, na noite do jantar da "inauguração da casa" Ki Joon tê-la disponibilizado e, além de não ter ido jantar com a ex, ter participado do evento, ajudando a Ah Jung a fazer parecer que o casamento era real, até mesmo dando um show no caraoquê e, novamente, encerrando da melhor forma.
Ainda sobre esse dia, gostei de como Hyun Sang-hee a ajudou, preenchendo a casa do irmão com coisas femininas, de maneira que ficasse mais convincente para as amigas. Certamente, Sang Hee e Ah jung tiveram uma linda amizade, mas parece que ela se perdeu no meio da história. Desde o primeiro encontro, com o roubo do guardanapo (digo, da carta de demissão), até ele ir ao Hotel com ela pela primeira vez - mesmo que tenha achado completamente desnecessário ele ter ficado fugindo e não tê-la realmente ajudado. Bem como, também, quando arranjou um anel para que ela fizesse inveja nas amigas. Com certeza, eles tinham uma amizade linda que, ao invés de acabar, poderia ter se fortalecido ao tornarem cunhados. Além de que, para quem aparentemente tinha fama de dar trabalho, como quando fugiu do irmão nos primeiros episódios, ele deu uma boa sossegada ao decorrer da trama. Mas o que realmente me incomoda, mesmo que seja de certa forma insignificante, é o fato do Sang Hee ter, de um dia para o outro, aparecido com o cabelo cortado e ninguém ter falado nada. Ele cortou por causa da Oh Yoon-joo, a ex do irmão? Poderiam pelo menos ter criado um diálogo para tal. Além disso, também achei que ficou forçado e cansativo ele estar, novamente, gostando da mesma garota que o irmão.
Por sua vez, gostaria que o Ki joon tivesse tido mais atitude com
relação a sua tia. Entendo perfeitamente que ela ajudou muito na criação deles,
no entanto agora ela tem agido mais como chefe do que como tia. Veja bem, mesmo
sabendo que Ki joon gostava de outra, ela estava praticamente planejando o casamento
dele com a ex, simplesmente porque seria de bom proveito para a empresa dela. Ainda,
não devemos esquecer que, por mais que o Ki joon fosse o presidente, a empresa era
da tia e, por mais que um dia os meninos a herdassem, nesse momento era dela, e aparentemente era só nisso que ela pensava. De fato, fiquei muito feliz quando ele não
compareceu no jantar que ela havia programado, mas gostaria que ele saÃsse mais
da zona de conforto, enfrentando sua tia e dando um susto ao falar que deixaria
o posto de presidente do Hotel, mesmo que no fundo não o fizesse. Ainda,
gostaria que falasse a verdade e esclarecesse para os pais da ex que: antes
eles eram sim apaixonados, mas que isso foi há três anos e sentimentos mudam. Que
obviamente ele queria que ela fosse feliz, mas que, no entanto, ele não poderia
fazê-lo amando outra pessoa. Aqui entra o que a gerente dele falou: que apesar
de parecer contraditório, ser cruel as vezes é ser mais humano. Isso porque, se
ele tivesse deixado tudo claro desde o começo, mesmo que doesse, as cicatrizes
sarariam mais rapidamente. Além disso, algo que me deixou diversas vezes
perdida no meio da trama foi o fato dele estar junto e se preocupar, demonstrando
carinho pela Ah Jung, mas ao mesmo tempo estar com a ex, esperando o tempo
certo dela resolver seus sentimentos.
Contudo, a Oh Yoon-joo [ex] também não escapa. Como ela poderia em sã consciência saber que estava entre os irmãos e não se importar? Como quando estavam no parque e ela fala para o Ki-joon para voltarem a namorar, pois, agora o San Hee não iria se importar, já que ele não nutria mais sentimentos por ela. Nesse momento fiquei completamente feliz por ele simplesmente ir embora. No entanto, gostaria também que a Ah Jung desse um “gelo” nele e se afastasse, tendo mais amor-próprio. Por exemplo, uma cena que odiei foi aquela em que após o almoço que a tia dele havia preparado e chamado os três, além de correr atrás do Ki-joon enquanto ele estava indo atrás da outra, ela ainda passou a noite em frente a casa da ex dele.
Ademais, as pessoas
mudam. Sentimentos mudam de uma semana para a outra, quem dirá em três longos
anos. É certo que ambos nutriam um carinho pelo outro, mas era uma lembrança em
nome da história que tiveram. Ainda, arrisco a dizer que, naquela época, eles
apenas estavam apaixonados, como qualquer um no auge da juventude. No entanto,
o amor de verdade só existiu entre Ah Jung e Ki joon. Isso porque o amor se
aprofunda e não fica apenas na superfÃcie visÃvel. Digo isso porque ela não via
nele apenas os 5 tipos que o irmão e a ex insistiam em lembrar. Para ela, ele
não era um robô, com apenas cinco comandos, mas uma pessoa de verdade, com seus
erros e falhas. Ela viu a criança em seu interior, e ele não teve medo de se
soltar quando estava com ela, seja na cena da Coca-Cola ou de quando se
lambuzavam de sorvete. Ele mostrou para ela sua criança interior que gostava de
miniaturas e ela o aceitou por inteiro. Bem como, ela mostrou suas inseguranças
para ele, e ele a aceitou por inteiro, com as qualidades e os defeitos. Não
existe outra descrição melhor para o amor do que esta: amar alguém por completo,
com os erros, acertos e medos.
Achei válido ela ter falado para a imprensa que a culpa era
dela, pois, de certa forma, era mesmo. Fiquei feliz por Ki joon tê-la assumido e
por ela não ter perdido o emprego, mas achei desnecessário ela ter ido para a
Ilha. Acredito que ela tenha ido porque lá ninguém conheceria sua história e, se
formos olhar por esse ponto, eu também iria. No entanto, penso que talvez ela
tivesse medo de compromissos e, quando ficou oficial que estavam juntos, quis
se esconder. Se formos parar pra pensar, era ela que não queria andar de mãos
dadas com ele em público, ou que seus colegas de trabalho soubessem. Contudo,
não acredito que seja por querer, mas uma consequência psicológica e inconsciente
de ter perdido a mãe tão cedo. E no fundo o que ela precisava, e que conseguiu
na Ilha, era de tempo. Tempo para pensar e ficar sozinha, para esclarecer a
mente. Mas preciso dizer que achei meio chato o Ki joon ficar forçando o casamento, mesmo que
eu tenha ficado constantemente torcendo para tal.
Gostei também de como a amizade entre a Ah Jung e a amiga, Yoo So Ran, foi fortalecida ao decorrer da trama com o amadurecimento das duas, virando, certamente, uma amizade verdadeira. Mas vou confessar que achei o final meio enrolado, ainda que tenha gostado da caixa com as recordações e lembranças dos dois.
Ps: o que foi aquelas abelhas no primeiro episódio? Hahahahha
.jpg)






